sábado, 10 de junho de 2017

Posição de força

Beneficiando da boa situação económica e orçamental, o PS atinge os 40% nesta sondagem, continuando a distanciar-se de todos os demais partidos, incluindo os que apoiam o Governo (o que não pode deixar de os deixar algo nervosos). Bons augúrios, portanto, para as eleições locais de outubro, primeiro teste eleitoral real.
Embora longe ainda do limiar da maioria absoluta (cerca de 45%), este elevado score nas projeções eleitorais inibe qualquer veleidade dos aliados de lhe "retirarem o tapete",  o que diminui a sua capacidade reivindicativa (apesar da retórica verbal para consumo interno) e dispensa o Governo de excessivas concessões orçamentais.
Invejável posição de força esta, que aliás está para durar, dadas as perspetivas económicas favoráveis e a efetiva ausência de oposição política, tanto à esquerda como à direita (como aqui se assinalou oportunamente).

Adenda
Em caso de eleições - que o Governo não precisa de provocar - um resultado destes daria ao PS um enorme poder negocial quanto à fórmula governativa, na medida em que poderia fazer um acordo de maioria parlamentar isoladamente com qualquer dos partidos da "2ª liga parlamentar" (ou seja, o BE, o PCP, ou... o CDS), sem poder de veto de qualquer deles.