terça-feira, 17 de março de 2015

Crise grega (3)


Este argumento de racionalidade política (colhido aqui) valeria para um governo responsável normal. Mas duvido que funcione no caso do aventureirismo irresponsável do Governo Syriza. Com os cofres vazios e já a recorrer a "empréstimos" dos fundos de segurança social, o Governo grego continua a "marimbar-se" para os compromissos que assumiu para receber a fatia do empréstimo da troika que ainda lhe cabe. Entre perder a face política e arrastar o pais para a saída do euro, o Syriza opta por caminhar maquinalmente para o abismo.
É de admitir que a visita de Tzipras a Berlim na próxima semana, a convite de Merkl, seja a última tentativa de chamar o governo grego às suas responsabilidades e obrigações na manutenção do país no euro. Mas nada indica que a razão de Estado prevaleça sobre o fanatismo doutrinário...

Adenda
O Syriza prossegue metodicamente na sua agenda de provocação política, desta vez desencadeando uma suposta "auditoria" sobre a divida pública  «para saber que parte desta dívida foi utilizada para o bem comum e, como tal, é legal e deve ser paga, e que parte foi mal gasta e, portanto, é ilegal». Portanto, a legitimidade dos empréstimos depende do uso que a própria Grécia lhes deu, na opinião dos "avaliadores" escolhidos pelo Syriza! Ou seja: quem pediu dinheiro é que agora vai decidir se os os créditos dos emprestadores são "legais"?!...