sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Secessões

Já era de admirar que, divergindo das grandes potências que promoveram a separação e a independência do Kosovo, o Governo português mantivesse tanto tempo uma posição independente nessa questão, que pelos vistos agora vai terminar.
Todavia, se a questão é o reconhecimento de uma situação de facto, então o Governo deve também reconhecer, entre outras, a separação da Ossétia do Sul, que não é mais ilegítima do que a do Kosovo e que aliás até tem mais credenciais, desde logo maior antiguidade. Inversamente, a Rússia, depois de ter reconhecido a independência da Ossétia do Sul, não tem nenhuma legimidade para criticar o reconhecimento do Kosovo.
Haja moralidade, de ambos os lados...